Retirado do site www.vivasaoleo.com.br
Repórter – Qual foi o grau de dificuldade em aceitar o desafio de treinar o Aimoré, um clube que possui uma história no cenário do futebol gaúcho, porém, atualmente um pouco adormecida ?
Gelson Conte – Minha decisão foi única, rápida e muito inteligente até porque nós estamos acostumados a enfrentar estes tipos de desafios. Eu trabalhei três anos na segunda divisão e este ano trabalhei no São Luiz de Ijuí conseguindo fazer um trabalho e manter o clube na primeira divisão. E agora enfrentar este grande desafio em comandar o Aimoré sabedor que é um dos grandes clubes da região metropolitana e do estado do Rio Grande do Sul. O compromisso é grande, o clube tem um comando muito forte, a diretoria fez a coisa muito certa e certamente com a avaliação correta na montagem do elenco, o Aimoré vai voltar muito forte e em cima do trabalho que vamos fazer o índio vai voltar ao acesso. Estamos conscientes da responsabilidade e convidamos o povo de São Leopoldo a participarem do projeto. Eu tenho uma cartilha de trabalho que vou procurar seguir, não vou abrir mão dela, quem estiver de acordo vai se dar bem no trabalho. Quem não estiver de acordo tá fora.
Repórter – O objetivo já sabemos: o Aimoré deverá trabalhar para chegar em primeiro ou segundo para subir à divisão de acesso. Qual o perfil que o plantel deve ter para este tipo de competição e como montar um grupo desta forma com poucos recursos?
Gelson Conte – Disso a gente é consciente. Disso a gente sabe. Quando se assume uma equipe na situação que o Aimoré está, devemos ter um equilíbrio muito grande. Não só equilíbrio do técnico. Devemos ter um equilíbrio de diretoria, de torcedores e imprensa, sabedores que a situação é muito delicada. Quanto aos atletas, eu tenho base boa de atletas que trabalharam comigo no Juventus, no ano passado e chegamos em quarto lugar e poderão se encaixar no orçamento do clube, acompanho a divisão de acesso, conheço todos os plantéis que estão disputando. Em cima disso será montado o novo futebol. Cabe agora o pessoal me deixar bem a vontade, me deixar trabalhar, saber de quando eu assumo a responsabilidade de um clube eu me entrego no dia-a-dia do clube, muito de verdade, com um detalhe: eu não abro mão de um comando muito forte, e o exemplo foi comandar o São Luiz com trinta atletas e permanecemos na primeira divisão. A diretoria do Aimoré entendeu minha forma de trabalhar, aceitou e estamos muito satisfeitos.
Repórter – Quando o senhor começa trabalhar e este plantel deve estar montando até quando no seu planejamento ?
Gelson Conte - Vamos começar a trabalhar na segunda quinzena de junho com trabalho de preparação, certamente teremos um, dois ou três jogadores que ainda estarão em atividade na divisão de acesso mas isto não será problema. Eles devem se apresentar até a metade de julho, claro que isto depende do acerto com estes atletas. Nesta semana já começo a estar em São Leopoldo até para fazer um avaliação com carinho nos atletas da base. Uma coisa que o Aimoré não pode desprezar. Vamos trabalhar com 25 ou 26 jogadores e com certeza vou precisar desses atletas da base. Além de começar uma recuperação financeira o Aimoré precisa da recuperação dentro do campo e com a minha contratação a diretoria acredita estar começando esta recuperação. Chego com meu auxiliar técnico, o Jeferson Camara e vamos esperar a definição do preparador físico.
Fonte: Site Vivasaoleo