No ano de 2011 é instituída a Terceira Divisão do futebol gaúcho e conseguimos a
façanha de ser rebaixados à ela. Um dos capítulos mais tristes da história do noss
o Aimoré.
Ruim cair, muito pior seria ficar mais de um ano esperando este campeonato iniciar. Para um
time que já perdeu gerações de torcedores com os seus dez anos de recesso, este um ano seria
quase mortal.
O ano de 2012 chegou, seria o fim do mundo segundo os maias? Meu time começa só
em agosto, então dará tempo. Talvez muitos se perguntem, mas e o Brasileirão? Libertadores?
Copa do Brasil? Não me interessam. Meu time e meu campeonato, sou Aimoré e jogamos a
Terceirona.
O segundo semestre se aproxima e os caciques fazem o mesmo, afinal só assim a gente
chegaria lá. Alguns jogadores foram anunciados e, no papel, temos um time, uma estrutura de
Primeira Divisão é montada e oferecida a eles. E quando a bola rolou, não era só no papel, o
números comprovaram tudo, afinal foram 12 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Essa campanha
alavancou o inimaginável, como a venda de mais de 600 camisas oficiais, camisa essa que
começou o campeonato sem patrocínio algum e terminou com cinco patrocinadores; mais 5.000
pessoas no Monumental do Cristo Rei; venda de ingressos antecipados; fila para entrar no
estádio; orgulho de envergar nossa camisa na Rua Grande. Realmente estamos na Terceira
Divisão?
Mengálvio, Toruca, Luiz Freire, André Carpes, e muitos outros chegaram perto, mas a
estrela que nasceu e nos acompanhará a partir de agora foi colocada por este time de 2012, time
que eu tive o prazer e o orgulho de acompanhar em quinze jogos. Esses dias ainda comentava
com meu pequeno Fred, e na carreata da vitória também, “aproveita Fred, o que tu está vendo
eu nunca vi, tu vai te lembrar para o resto da vida”. E marcamos somos Campeões da Segunda
Divisão, o primeiro título a nível estadual em 76 anos de história. Parabéns atletas e comissão
técnica, o nome de vocês está gravado na nossa história! E também os caciques, que são muitos
e talvez esqueça de mencionar alguém: Picolli, Nelsinho, Schu, Cardoso, Claudião, Dresch,
Felipe Becker, Bombassaro, Paulo Costa, Alexsandro Geremia. Durante o caminho mais gente
foi se agregando. Por fim, cito também o ainda prefeito Vanazzi que sempre apostou e acreditou
no Aimoré.
Acabei esta Segundona com o sentimento de que conseguimos mexer com São
Leopoldo, me senti como aimoresista readotado e não mais um estranho na cidade, eu vivi essa
história e fiz parte dela, tive a oportunidade de gritar pela primeira vez É CAMPEÃO!
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