Depois de muito tempo o pavilhão do Cristo Rei se silenciou. O pequeno público que estranhamente foi ao Cristo Rei neste domingo deixou muitos com uma pulga atrás da orelha, afinal o índio tem construído sua fama em ter a torcida mais presente na região metropolitana. Conversando na beira do campo com colegas de imprensa ainda nos perguntamos qual seria o motivo:Calor? jogo do Brasileirão? valor do ingresso? ou culpa do laboratório?
A verdade se encaixa no velho ditado: torcida é resultado, tanto no Aimoré quantos nos gigantes da Série A do Brasileirão, e aí começa o tão falado laboratório e seu chefe e seus ingredientes.
Foto: Digue Cardoso/ Digroove
A torcida do Aimoré é um reflexo do que vem sendo produzido em campo e do que tem sido dito nas coletivas pós jogo. Frases como “o resultado não importa”, “ a competição é um laboratório” já não convence mais o torcedor que tem que pagar 30 reais de ingresso para assistir um jogo e não é de se estranhar o seu sumiço do Cristo Rei. Até onde eu saiba, “jogos que não valem”, “amistosos” sequer tem cobrança de ingresso.
Vamos mais ao fundo na questão do laboratório e seus ingredientes. Chega a ser uma afronta a muitos jogadores do grupo chamá-los de “garotos” e “peças de um laboratório”. Não, o Aimoré não está disputando a Copa Metropolitana com um time de Juniores (que aliás faz uma bela campanha), são jogadores rodados e com uma boa bagagem nas costas. Vamos aos ingredientes usados no laboratório de ontem: Fernando (goleiro titular do Sapucaiense na Segunda Divisão - disputou o Gauchão pelo VEC) ,Tiago Steffen (disputou a segunda divisão pelo Sapucaiense e o Gauchão deste ano pelo VEC) Lacerda (dispensa comentários, sobra em campo e poderia estar em qualquer time do Brasileirão, está no Aimoré por opção pessoal) , Diego (fez bela campanha na Divisão de Acesso no Inter-SM) e Tiago Alemão ( Aí sim, temos o primeiro atleta em começo de carreira) . No meio, Faísca e Toto (dois titulares absolutos do time que disputou a primeira divisão), Moacir (atleta coringa durante toda a primeira divisão, sendo titular inclusive) e Mikael (jogador que subiu o Aimoré para a primeira divisão em 2013 e jogou o Gauchão pelo Lajeadense). No ataque ainda temos o imperador Lucas Silva (titular no Gauchão, goleador em outros tempos) e Cleberson ( que pelas minhas lembranças fez um belo 2013 no Caxias)/ Talvez poucos leitores acompanhem as copas do segundo semestre, mas no papel este grupo deveria estar fazendo uma campanha melhor, em meio a times que disputam a competição com equipes muitas vezes só de juniores. A questão é, a culpa é do laboratório, dos ingredientes ou do químico deste laboratório que tem que encaixar essas peças. No final das contas e na próxima coletiva talvez a culpa seja minha, ou sua torcedor, por não estar indo ao estádio. Ainda tem todo um segundo turno e acredito na classificação.
Saudações Aimoresistas.